Todos sabemos que é importante fornecer ao nosso corpo antioxidantes todos os dias para protegê-lo dos efeitos deletérios dos radicais livres e do estresse oxidativo. Os antioxidantes estão, portanto, ligados à longevidade e maior bem-estar diário. Mas, para entender melhor os mecanismos de ação dos antioxidantes e seus potenciais benefícios para a saúde, é necessário saber como os radicais livres se comportam em nosso corpo, e por que eles existem!
Foco no estresse oxidativo.
RADICAIS LIVRES E ESTRESSE OXIDATIVO
O estresse oxidativo é o resultado de um acúmulo excessivo de radicais livres em nosso corpo. São notadamente responsáveis pelo envelhecimento prematuro e o seu impacto no conforto cardiovascular, nervoso e articular está suficientemente documentado para podermos considerá-los inimigos da saúde. O que é menos conhecido é que originalmente tinham funções essenciais para a imunidade e o bom funcionamento de certos órgãos e glândulas.
QUANDO OS RADICAIS LIVRES SÃO NECESSÁRIOS
De fato, a fosforilação de proteínas, apoptose (morte celular programada), imunidade e diferenciação celular dependem da produção adequada de radicais livres pelas mitocôndrias. “Adequado” porque a quantidade de radicais livres deve permanecer mínima na célula.
Os radicais livres fazem parte das Espécies Reativas de Oxigênio (ROS) geradas por sistemas biológicos e determinados fatores externos. Eles são o resultado da perda de um ou mais elétrons por uma molécula, que então se torna instável e busca recuperar seus elétrons perdidos.
O corpo pode implantar um sistema de defesa antioxidante baseado em compostos enzimáticos como superóxido disputase (SOD), catalase (CAT) e glutationa peroxidase (GPx). Sua função é ceder elétrons a moléculas instáveis , a fim de neutralizá-las e torná-las inofensivas.
QUANDO OS RADICAIS LIVRES NOS MACHUCAM
Os radicais livres são produzidos principalmente pelas mitocôndrias como resultado de processos fisiológicos como a respiração celular e certas reações enzimáticas, onde podem permanecer sob controle . Mas também podem ser produzidos após exposição a poluentes ambientais, metais pesados, moléculas farmacêuticas, subprodutos de cozinha (gorduras usadas, carnes defumadas), álcool, tabaco, radiação, fadiga nervosa e obesidade. É quando ocorre o estresse oxidativo: o corpo não pode mais fornecer proteção às células porque está sobrecarregado por muitas moléculas instáveis .
AS CONSEQUÊNCIAS DO ESTRESSE OXIDATIVO
O estresse oxidativo é um processo que afeta a integridade de estruturas celulares como membranas, lipídios, proteínas e DNA. Nesta fase, o organismo não é mais capaz de retardar a reação em cadeia radical. A oxidação de lipídios, proteínas e mutações genéticas levam a uma aceleração do envelhecimento e promovem o aparecimento de distúrbios crônicos nas esferas cardíaca, vascular, nervosa, articular e respiratória.
O PAPEL DOS ANTIOXIDANTES
Antioxidantes são “doadores” de elétrons . Eles fornecem os elétrons ausentes a moléculas instáveis para neutralizá-los e interromper a reação em cadeia de oxidação. São, portanto, essencialmente benéficos, protetores e garantem a integridade das células.
O SISTEMA ANTIOXIDANTE DO NOSSO CORPO
O corpo fabrica antioxidantes por conta própria, para que possa controlar os radicais livres normalmente produzidos pelo corpo, em particular através da respiração e de certas reações enzimáticas. Podemos assim contar com várias estratégias endógenas como a catalase, superóxido dismutase ou glutationa peroxidase, mas também com a intervenção de moléculas antioxidantes não enzimáticas como o ácido lipóico, glutationa, arginina ou coenzima Q10, que são todos antioxidantes produzidos pelo organismo.
O FORNECIMENTO DE ANTIOXIDANTES ATRAVÉS DOS ALIMENTOS
Para ajudar o corpo a regular melhor e combater os efeitos nocivos do acúmulo excessivo de radicais livres produzidos pelo nosso corpo e resultantes da exposição a poluentes ou outras fontes externas, a ingestão de antioxidantes dos alimentos é uma das estratégias mais eficazes para reduzir os sinais do envelhecimento e nos protegendo de muitas condições de saúde preocupantes.
Alguns dos antioxidantes dietéticos mais poderosos incluem:
- Vitamina E, que pode proteger a pele e o sistema circulatório
- Vitamina C, ou ácido ascórbico, que protege as células do sistema imunológico e reage com as espécies reativas de oxigênio, neutralizando-as
- Flavonóides, que quelam íons metálicos e reúnem radicais livres para neutralizá-los
- Polifenóis que impedem a proliferação de compostos radicais
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Frutas e vegetais são as fontes mais ricas de compostos antioxidantes. Spirulina , açafrão, chá verde, pimenta, frutos do mar ricos em zinco, bagas ricas em antocianinas, como mirtilos, ou cenoura.
Uma dieta mais rica em uma variedade de vegetais e frutas pode fornecer uma grande variedade de compostos de eliminação de radicais livres que promovem saúde e longevidade, em doses fisiológicas.
Os suplementos alimentares fornecem extratos concentrados de compostos antioxidantes, selecionados por sua eficácia, biodisponibilidade e inocuidade. Para máxima eficácia, varie os suplementos alimentares ou escolha as fórmulas mais próximas de suas intenções como parte desta intervenção nutricional de promoção da saúde. Algumas moléculas estão envolvidas na beleza e firmeza da pele, outras no conforto cardiovascular e outras nas sensibilidades articulares .
A PALAVRA FINAL
O estresse oxidativo resulta de um acúmulo descontrolado e incontrolável de radicais livres em nossos tecidos e órgãos, que podem afetar a integridade celular e causar uma série de doenças e distúrbios, incluindo envelhecimento prematuro. Logicamente, quanto mais o corpo está exposto a fatores como poluição, radiação UV, alimentos industrializados, estresse ou obesidade, mais aumentam suas necessidades de moléculas antioxidantes . Portanto, certifique-se de ter uma alimentação variada e consumir fontes suficientes de antioxidantes, principalmente por meio de suplementos alimentares específicos para neutralizar os radicais livres.
